domingo, 13 de fevereiro de 2011

Nosso brasileiro que vive na paróquia....

Vamos saber um pouco mais sobre os dehonianos brasileiros que estão em Roma para estudar ou trabalhar. Alguns tem a missão de conciliar as duas coisas. Pe. Everton dos Santos Carvalho, mineiro de Varginha(e amigo pessoal do ET), nos conta a sua experiência de morar em nossa Paróquia Dehoniana, aqui em Roma, e fazer o curso de Direito Canônico. Fala Everton....



É com alegria que partilho com vocês um pouco da minha vida de estudante, e membro da paróquia “Sacro cuore di Cristo Re”, em Roma. Paróquia está que foi a primeira cúria geral de nossa congregação, e para quem não sabe, de propriedade da mesma, porque comprada pelo proprio padre Dehon.
Com relação aos estudos, graças a Deus, se desenvolvem com serenidade, apesar de serem bastante exigentes. Estudo na Universidade “San Giovanni in Laterano”, cursando mestrado em direito canônico, com duração de três anos, se tudo correr bem. Tais estudos me habilitarão para lecionar direito canônico e também ser um operador ou colaborador nos tribunais eclesiásticos de nossa Santa madre Igreja. Em conversa com padre Mariano em sua última vinda à Roma, em ocasião da reunião dos superiores maiores, expressei minha satisfação de poder estar me especializando em tal área, e pelas previsões, concluo o mestrado em meados de 2012, e me coloco à disposição dos superiores em relação a continuação dos estudos ou o retorno ao Brasil.
Sobre a minha presença na paróquia (que é a primeira experiência deste tipo entre as províncias brasileiras e a italiana), posso dizer que é bastante interessante e ao mesmo tempo desafiadora. Interessante porque me coloca em contato direto com o estilo de vida comunitária dos italianos, com a vida da paróquia (que é muito diferente da realidade brasileira), com as pessoas, que é sempre um desafio em termos de comunicação, por conta da língua, e por tantas outras circunstancias que em conjunto me ajudam a crescer, e amadurecer alguns projetos pessoais para o meu futuro. Mas, não deixa também se ser uma experiência desafiadora em tantos outros aspectos.

Em primeiro lugar porque é difícil conciliar a realidade dos estudos e de pastorais. E para nós brasileiros, que temos uma sensibilidade pastoral um pouco diversa, dizer “não posso” para as pessoas às vezes é uma experiência um pouco dolorosa, sobretudo quando se vê as necessidades a sua frente. Mas, sou consciente que minha primeira missão aqui é estudar, e isto me deixa um pouco mais tranqüilo. Um outro desafio e este um pouco mais difícil (ao menos em termos pessoais) é estar um pouco longe dos confrades brasileiros que estão no colégio internacional, apesar de estarmos na mesma cidade. Isto porque quando se está fora do país, os confrades se tornam muito importantes, porque não são apenas confrades, mas, ponto de referencia de nossa cultura e de nosso estilo brasileiro de viver a vida religiosa. Sem sombra de dúvida posso dizer que hoje olho meus confrades com outros olhos.
E para finalizar, gostaria apenas de dizer aos confrades que serão convidados a se prepararem para cooperar na “missão de ensinar da Igreja”, que não tenham medo do novo o das dificuldades. Posso dizer por experiência própria, que o Senhor é muito fiel às suas promessas, e se releva a cada dia como providente e misericordioso.
Um grande abraço a todos, e que o Coração de Jesus continue a nos iluminar na missão comunitária e pessoal de membros da congregação.

Vivat cor Iesu!

Pe. Everton dos Santos Carvalho scj.