domingo, 30 de janeiro de 2011

Pastoral de Natal em Parma - Pe. Fernando, scj


Padre Fernando César Pereira, scj, da Provínicia Brasileira Meridional (BM), está em Roma fazendo o Curso de Formadores da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Entre 22 de dezembro de 2010 a 06 de janeiro de 2011, Pe. Fernando realizou uma experiência pastoral na provincia de Parma, Itália. Aqui no nosso "Bocca", ele partilha um pouco destes dias de alegria e de muita neve.






Com alegria, recebi do nosso reitor,Padre Luigi Mostarda,o convite de ajudar o pároco de Coenzo de Sorbolo,província de Parma,para os trabalhos em preparação ao Natal.
Após alguns dias em visita aos confrades de Handrup,na Alemanha,segui de avião para Milão e ,depois,Parma. Vencidos os atrasos por conta das nevascas e a perda de uma mala,cheguei a Parma na noite do dia 21 de dezembro. Os três primeiros dias foram dedicados principalmente à pastoral da Reconciliação e Penitência. Os penitentes ajudaram muito o confessor no aprendizado da língua italiana do dia-a-dia.
Fiquei hospedado na "canônica" que não tem padre residente,já que o pároco mora na vizinha paróquia de Mezzano(ele atende três pequenas paróquias que totalizam 2.500 habitantes).Celebrava e fazia as refeições todos os dias na Casa de Repouso para idosas das Irmas de Maria Consoladora.
Nos domingos e festas celebrava também com a comunidade.As irmãs e os leigos deram um "show" de acolhida e carinho!
Foi um tempo rico em conhecimento dos costumes e da cultura italiana do norte, mais precisamente da Emilia-Romagna. fiquei em Coenzo atè a Epifania do Senhor,06 de janeiro. Após o "teatro de Natal" das crianças,retornei à Roma.
Espero poder repetir a dose na Semana Santa,em Parma ou em outro lugar. Grande abraço a você, leitor do Bocca di Roma. Feliz 2011!!! Padre Fernando César Pereira, scj

sábado, 22 de janeiro de 2011

O doutorado do Padre Mário Marcelo

Roma continua gelada, com muita chuva e muito frio. Mas, dentro dos muros do Collegio Internazionale Leone Dehon, nem tudo é inverno. Existe um quarto sempre aquecido e com muitos livros abertos. É o quarto 340, do Pe. Mário Marcelo, que está aqui para fazer seu doutorado. Vamos saber um pouco sobre esse mineiro de Itumirim...



"Está sendo uma experiência extraordinária morar e estudar em Roma. Num primeiro momento foi difícil deixar o Brasil, os trabalhos, família e amigos para adaptar-me em terras “estranhas”. Chegando em Roma fui muito bem acolhido pelo superior da casa, pelos confrades e em particular pelos brasileiros que aqui estavam. Tudo isso me ajudou muito na adaptação. Comecei a aprender italiano e ao mesmo tempo preparar-me para o doutorado. Estou descrevendo uma dissertação na área da bioética: “Manipulação genética e impacto na dignidade humana”, um tema interessante, atual e desafiador. A vantagem de estudar aqui é que tenho tempo quase integral para me dedicar ao doutorado. Temos nossos momentos de oração, missas, adoração ao Santíssimo etc. Não temos muitos trabalhos pastorais, exceto períodos fortes como Natal e Páscoa, mas ajudo como capelão de uma comunidade de religiosas.
Roma é uma cidade maravilhosa, nossa história cristã está muito aqui, vivo momentos fortes da nossa fé nesta cidade, as visitas aos locais do contexto cristão, às igrejas históricas, museus e claro, pizzarias e sorveterias excelentes. Um momento forte foi a oportunidade de um encontro com o Papa Bento XVI, onde tive a oportunidade de cumprimentá-lo e evidente pedir-lhe uma bênção.
A experiência do doutorado é excelente, estudar em um instituto de Teologia Moral, com professores autores das obras que eu sempre usei, conhecer o pensamento, as pesquisas na área e, sobretudo, a oportunidade que estou tendo de aprender, refletir e debater o pensamento moral atual da Igreja, é uma oportunidade enriquecedora e que me da melhores condições de continuar como professor de teologia moral no Brasil.
Saudades do Brasil???!!!!!!! Sim, bastante mas, ... ‘preciso terminar para depois continuar’ meu trabalho."





Padre Mário Marcelo Coelho, sacerdote dehoniano, natural de Itumirim MG, formado em Zootecnia e pela Universidade Federal de Lavras, MG, também mestre em Zootecnia pela mesma Universidade. Entrou no seminário em 1991 percorreu todo o processo de formação da vida religiosa ordenando sacerdote no dia 09 de dezembro de 2000 em sua cidade natal. Após ser ordenado foi designado pelo seu superior a fazer o mestrado em teologia moral no Centro Universitário Assunção, SP. Ao terminar o curso com a defesa da tese “Uma avaliação ético-teológica do xenotransplante” foi designado a residir na comunidade religiosa do “Conventinho” em Taubaté, SP, exercer o ministério como formador dos religiosos dehonianos que cursam a teologia e assumir a função de professor de teologia moral na Faculdade dehoniana, foi vice-diretor geral da Faculdade Dehoniana, Taubaté, SP, período 02/2005 - 02/2009 (assumiu por 2 anos como diretor interino). Atualmente está em Roma fazendo o doutorado em Teologia Moral na Academia Alfonsiana.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Presença agradável do Pe. Chico Sehnem,scj



Pe. Chico Sehnem, chegou em Roma junto com o último mês de 2010. Veio para uma missão: falar sobre a História da nossa Congregação, no curso de Formadores. Agora, com o ano de 2011 já em plena atividade e com a missão cumprida, ele volta para o Brasil. Agradecemos ao Pe. Chico pelo imenso trabalho que desenvolveu e pela companhia, sempre agradável e cheia de histórias. Fiquemos aqui com algumas impressões desta viagem.



EM ROMA MAIS UMA VEZ

Quando de regresso ao Brasil, nos inícios de 2004, eu me imaginava que poderia aposentar o meu passaporte. E, de fato, não tinha mais tantos projetos de viagens. Durante um bom tempo estivera fora de casa, em média, sete meses por ano e, depois, as viagens ainda eram bem frequentes.
Quando o P. Nivaldo Alves de Souza começou a preparar o Curso para os Formadores a realizar-se em Roma, pediu-me sugestões. Acabei enviando algumas sugestões de temas e material, como também de pessoas que poderiam auxiliar. Dos meus tempos de Roma, quando responsável pela Formação Permanente, me recordava de um bom número de Religiosos, e professores que nos haviam ajudado. Passados alguns meses, ele volta a me escrever. Estava terminando o ano de 2009. O P. Egídio Driedonkx havia assumido o compromisso de falar aos Formadores sobre a História da Congregação. Apenas havia escrito algumas páginas e comunicou ao P. Nivaldo que sentia que as suas forças estavam diminuindo e temia não poder realizar satisfatoriamente esta sua missão.
A seguir, os padres Nivaldo e Egídio escreveram-me várias vezes e acabei aceitando o desafio de vir a Roma e tentar transmitir aos Formadores algo sobre a Nossa História. Confesso que no início me senti um pouco receoso. Mas, na medida que preparava o material não só fui perdendo o medo, mas me entusiasmando e esperando o momento de chegar a Roma.
E, um dia resolvi conhecer a turma. Meu computador mostrou-me os vários Padres Formadores vindos de tantos países: Chile, Camarões, Filipinas, Angola (Camarões), Congo, Brasil, Indonésia Polônia, Índia, Portugal e Venezuela. Então aconteceram duas coisas. Perdi o medo em relação ao meu italiano e pensei que realmente valia a pena ir a Roma. Se os Padres Formadores vieram de tantos países e de longe para poderem depois fazer ainda melhor o seu trabalho na formação dos nossos futuros religiosos e sacerdotes, vale a pena ir até lá, para dar também minha pequena contribuição.
Como o Padre Dehon falava dos seus missionários, penso que posso dizer o mesmo dos Formadores: “A sua vida é uma vida de reparação e de imolação, como pede a nossa vocação”. Serão inscritos no livro dos mártires.
E, com o Padre Dehon, peço que sejam generosos até o fim.

Pe. Francisco Sehnem, scj