segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Bocca di Roma entrevista! (por pe. Gil)


Difícil imaginar pe. Anísio não sendo “um dehoniano”. Assim como é difícil imaginar a Congregação sem ele. Caso de amor à primeira vista? Pode apostar! Começamos juntos a nossa caminhada rumo ao sacerdócio. De uma turma de muitos restamos somente uns poucos...eu e ele,hehehehehe. Participei, às vezes longe, às vezes perto, das suas lutas, dores, alegrias e vitórias. E posso testemunhar: O Senhor tocou o coração deste homem. Feliz com o resultado do I Encontro dos Secretários Provinciais, ele falou para o BOCCA DI ROMA, na entrevista que se segue.

Quais os frutos deste primeiro Encontro dos Secretários Provinciais ?
Penso que ainda é cedo para colher frutos. Porém posso adiantar que foi positivo do ponto de vista do “nós Congregação”. O proprio Superior Geral, em sua mensagem para o encontro, alertou que nosso Instituto não procura centralizar tudo, porém temos que criar um estilo dehoniano em nosso serviço. O encontro serviu para esclarecer dúvidas sobre toda a burocracia que compete a uma secretaria provincial e também para um conhecimento maior entre o que se faz nas devidas secretarias (tivemos um momento interessante de partilha do que cada um faz em sua provincia). Espero que toda a Congregaçao possa colher, aos poucos, os bons frutos desse encontro.

"Carisma Dehoniano" e "Funções burocráticas": qual a convergência ?
E’ uma pergunta interessante. Este tema foi tratado durante o encontro dos secretários. Falei sobre a missão do secretário. Nosso serviço em secretaria não pode ser visto somente como um trabalho burocrático. Teve um secretário, durante o encontro, que usou uma expressão que gostei muito: temos que ser instrumentos de comunhão. Sim, nossa função, aparentemente burocrática, pode ser uma bonita missão na Congregação. Temos a possibilidade de, não somente levar a comunicação entre confrades, mas, sobretudo, favorecer o serviço do governo provincial e, no meu caso, o do Governo Geral e isto beneficia a todos. O ecce venio é absolutamente atual e procuro renová-lo todos os dias no escritório onde trabalho.

Como foi ser ordenado padre e vir súbito trabalhar aqui na Casa Geral?
Realmente foi um susto. Confesso que foi uma grande luta interior. Pe. Aloisio Boing, de saudosa memória, conheceu toda minha angústia. Devo muito também ao Pe. Claudio Weber que me ajudou na descoberta de um mundo desconhecido: o de um governo geral. O apoio da comunidade onde estou agora, foi fundamental para dar bons passos em algo que nunca imaginei para meu ministério sacerdotal. Elenco algumas atividades fora do “officio” de secretário geral: de quando em vez ajudo em uma comunidade paroquial, perto de Roma, chamada Priverno. Sou capelão de uma casa de religiosas franciscanas. Tive a oportunidade de participar de dois grandes encontros nacionais da Animação Vocacional aqui na Itália (serviço que sempre gostei). Ainda encontro tempo para ajudar na preparação de uma possível Jornada Mundial da Juventude no Brasil. E’ assim que vivo meu sacerdócio e sou grato a tantos que me apoiaram e continuam me animando nesta missão longe do meu querido Brasil. Obrigado.




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